As baterias de chumbo-ácido estão presentes em muitos aspectos da nossa vida, dos automóveis a sistemas de energia, equipamentos industriais e até no setor náutico. Apesar de sua importância, o descarte inadequado dessas baterias ainda é um problema grave no Brasil, trazendo riscos para o meio ambiente e para a saúde pública. Mas por que o país ainda enfrenta desafios para garantir que essas baterias tenham o destino certo?
O impacto ambiental
As baterias de chumbo-ácido contêm componentes como chumbo e ácido sulfúrico, substâncias extremamente perigosas quando descartadas incorretamente. Em contato com o solo e a água, esses materiais podem causar contaminação ambiental duradoura e até mesmo afetar cadeias alimentares.
Além disso, o chumbo é tóxico para humanos e animais, podendo gerar problemas neurológicos e outras complicações muito graves.
Por outro lado, quando descartadas e recicladas corretamente, essas baterias podem ter até 99% de seus componentes reaproveitados, fechando um ciclo sustentável e reduzindo a necessidade de extração de novos recursos naturais.
O que a legislação prevê?
O Brasil conta com legislações específicas que tratam da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, como a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Ela obriga fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes a realizarem a logística reversa, garantindo que as baterias sejam recolhidas e encaminhadas para reciclagem segura. Apesar disso, a aplicação prática dessas leis ainda encontra barreiras, como fiscalização insuficiente e falta de conhecimento por parte da população.
Principais desafios enfrentados
Mesmo com leis e tecnologias disponíveis para o reaproveitamento das baterias, nosso país enfrenta dificuldades no descarte correto:
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Falta de informação da população – Muitas pessoas não sabem onde ou como descartar baterias usadas.
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Infraestrutura insuficiente – Em várias regiões, os pontos de coleta são limitados ou inexistentes.
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Descarte irregular para economia de custos – Algumas empresas e oficinas optam por se desfazer de forma ilegal para evitar custos de transporte e destinação.
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Fiscalização limitada – A aplicação de multas e sanções nem sempre é eficiente para inibir práticas ilegais de todos os descartes incorretos.
O papel das empresas e da logística reversa
A logística reversa é uma das soluções mais importantes para garantir que as baterias sejam coletadas, transportadas e recicladas com segurança. Todos os envolvidos (fabricantes, distribuidores, revendedores e consumidores) têm um papel fundamental.
Empresas comprometidas com práticas ESG (Ambientais, Sociais e de Governança) investem em parcerias com entidades especializadas, como o IBER, que atua para fortalecer e ampliar a rede de coleta e reciclagem em todo o território nacional.
Como o IBER atua nesse cenário?
Desenvolvemos programas e parcerias que ajudam empresas a cumprir suas obrigações legais e ambientais, garantindo que as baterias cheguem até as recicladoras licenciadas. Além disso, promovemos campanhas de conscientização para orientar tanto o setor empresarial quanto a população sobre a importância do descarte correto.
Também contribuímos para a economia circular, onde os materiais recuperados retornam ao processo produtivo, reduzindo o desperdício e o impacto ambiental.
Inovações e o futuro do descarte de baterias
Novas tecnologias estão surgindo para tornar o processo de reciclagem ainda mais seguro e eficiente. Isso inclui métodos avançados de separação e reaproveitamento de materiais, além da digitalização da logística, que permite rastrear cada bateria do momento em que é recolhida até sua reciclagem final.
O desafio, porém, é expandir essas soluções para todo o Brasil e garantir que cheguem também às regiões mais remotas.
O que você pode fazer:
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Nunca descarte baterias no lixo comum;
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Procure pontos de coleta autorizados;
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Se for empresário, busque parceiros especializados para a logística reversa, no caso, o IBER;
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Apoie iniciativas de conscientização e compartilhe informações corretas.