A adoção de práticas modernas de destinação correta de resíduos sólidos tem um amplo potencial para fomentar o surgimento de novas empresas e gerar mais emprego e renda no Brasil
Empresas com visão de futuro enxergam na Logística Reversa mais do que o cumprimento da legislação. Além dos ganhos com eficiência de custos, reaproveitamento de materiais, gestão inteligente de estoques e de compra de insumos, a adoção de práticas modernas de destinação correta de resíduos sólidos tem um amplo potencial para fomentar novos negócios sustentáveis. Outro fator importante é a geração de mais emprego e renda no Brasil a partir desse setor.
Hoje, há exemplos muito bem sucedidos em território brasileiro de novas empresas que ganharam força a partir da vigência da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Desde cooperativas de catadores, que se tornaram mais relevantes, até startups, que conectam indústrias geradoras de resíduos e recicladoras devidamente certificadas – uma das vantagens oferecidas pela plataforma do Instituto Brasileiro de Energia Reciclável (IBER) aos seus associados.
O nicho que, naturalmente, experimenta maior crescimento é justamente os das empresas recicladoras. Elas são determinantes para negócios de médio porte, que não suportam a verticalização das atividades de reaproveitamento ou não atuam no setor industrial, mas estão sujeitos à comprovação da Logística Reversa.
A formação de capital humano também é positivamente impactada pelo avanço da Logística Reversa. Cresce, ano a ano, a demanda do mercado por profissionais preparados para implementa as soluções que visam o atendimento da lei, mas, principalmente, capazes de desenvolver novais ideias e tecnologias para otimização de processos.
Ainda nesse campo, cresce a demanda por cursos de especialização e de curta duração (voltados para profissionais que precisam atualizar conhecimentos), ampliando as oportunidades para empresas da área de Educação corporativa e tradicional. Assim como enseja maior participação da Academia, através da pesquisa científica e programas de extensão tecnológica, devidamente integrados aos desafios dos setores produtivos.
Por fim, outro segmento fortemente beneficiado é o de transporte de resíduos sólidos, que requer tecnologias de segurança e atendimento à legislação bastante específicos.