De acordo com organizações internacionais de saúde, não existe nível seguro de concentração de chumbo no sangue. Já o ácido sulfúrico provoca queimaduras na pele e mucosas nos casos de contato direto. No meio ambiente, tanto o chumbo, quanto o ácido podem contaminar o solo e os recursos hídricos.
Os componentes das baterias chumbo-ácido são alguns dos materiais mais recicláveis do mundo. Na prática, 99% do chumbo, do ácido e do plástico podem ser reaproveitados para produção de novas baterias, garantindo assim uma alta taxa de circulação e um alto nível de utilidade. Isso posiciona a cadeia produtiva de baterias como uma das que possuem maior potencial para a expansão da Economia Circular. E vai além. Faz com que todo o setor seja decisivo na preservação do meio ambiente e saúde das pessoas. Porém, o alto potencial de reciclagem das baterias também gera algumas distorções no mercado, que precisam ser combatidas. A situação é ainda mais alarmante quando observados os riscos que o ácido e o chumbo oferecem para o meio ambiente e a saúde humana, quando são manipulados fora dos padrões e normas ambientais.
CHUMBO E OS RISCOS À SAÚDE HUMANA
De acordo com organizações internacionais de saúde, não existe nível seguro de concentração de chumbo no sangue. Pequenas concentrações podem ocasionar efeitos colaterais diversos, sendo um dos mais graves a interferência no desenvolvimento neurológico de crianças. Há sérios impactos à inteligência, reduzindo a capacidade de aprendizado. Para adultos, o chumbo pode causar hipertensão, cardiopatia isquêmica e acidentes vasculares.
Existem empresas que movimentam informalmente, manipulando, armazenando e destinando de maneira inadequada, as baterias inservíveis. Existem organizações que não estão aptas para coletar, acondicionar, transportar e reciclar as baterias e seus componentes. Além de manipular em desacordo com as normas e diretrizes das autoridades ambientais, a ação informal dessas empresas é ainda mais grave por ocorrer em centros urbanos próximos de residências e comércios, o que aumenta o risco de exposição ao chumbo.
OS PERIGOS DO ÁCIDO
O ácido sulfúrico provoca queimaduras na pele e mucosas nos casos de contato direto. Quando inalado, a substância pode causar danos graves a todo trato respiratório, afetando diretamente os pulmões. Mais uma vez, a manipulação incorreta das baterias pode gerar vapores, que, por conterem o ácido, podem provocar câncer em humanos. Além disso, mesmo com a bateria em repouso, é possível que aconteça a liberação de hidrogênio gasoso. Essa situação pode criar um ambiente de alto risco para explosões, especialmente nos casos em que o local de armazenamento não possui ventilação adequada.
IMPACTOS AMBIENTAIS
No meio ambiente, tanto o chumbo, quanto o ácido podem contaminar o solo e os recursos hídricos. Isso acontece pela deposição aérea e pelo escoamento do solo contaminado anteriormente.
PAPEL DO IBER
Hoje, o IBER trabalha com a certificação e o reconhecimento das empresas da cadeia produtiva de baterias que realizam a movimentação e a destinação ambientalmente corretas. Essas empresas passam a ser destacadas como pioneiras na implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos no setor. A logística reversa, quando bem estruturada, garante a facilitação do fluxo de retorno destes resíduos, passando por empresas ecologicamente responsáveis e dentro dos padrões de qualidade estabelecidos em lei e por agências reguladoras que protegem também o consumidor. A reciclagem dessas baterias impacta de forma positiva dos pontos de vista ecológico, econômico e social, pois esses produtos retornam para o ciclo de vida de maneira correta e segura, em forma de matéria prima para o mercado, fazendo com que o setor contribua de forma decisiva para a proteção do meio ambiente e da saúde humana.
